Depois de demitir a ministra do Esporte, Ana Moser, em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou, nesta quarta-feira, 25, mais uma mulher do seu governo.
Rita Serrano deixou o cargo de presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) para dar lugar ao economista Carlos Antônio Vieira Fernandes. Questões sobre “equidade de gênero” fizeram parte do pacote de promessas da campanha eleitoral de Lula.
Paraibano, Fernandes é servidor de carreira da Caixa e consultor interno da instituição desde 1989. Seu nome já era cogitado pelo governo federal, em virtude de uma indicação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão.
O novo dirigente da Caixa atuou ainda como diretor operacional da BRB Financeira e passou pela secretaria-executiva do Ministério das Cidades e Integração no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
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Vieira Fernandes também dirigiu a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) e atuou como presidente do conselho de administração da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU).
Ele é formado em economia e estudos sociais na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guarabira (Fafig) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Arte polêmica
Um fato que pode ter acelerado a demissão de Rita Serrano foi uma exposição de arte com viés político patrocinada pela Caixa. Um dos quadros fazia uma crítica a Arthur Lira. Depois da repercussão, a estatal anunciou o cancelamento da mostra.
Em nota, o governo informou que Rita Serrano “cumpriu uma missão importante de recuperação da gestão e da cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e com a retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”.