A semana começa com negócio bilionário no Brasil. A Raízen, líder mundial em produção de açúcar e etanol a partir da cana-de-açúcar, anunciou a compra da Biosev. Em comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira, 8, as duas companhias afirmam que o negócio foi firmado em R$ 3,6 bilhões.
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Para ser de facto concretizado, o negócio precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Caso o órgão aprove a venda, Raízen, joint-venture entre Shell e Cosan, controlará a operação da Biosev no Brasil. No país, a empresa conta com nove bases: seis no Estado de São Paulo, duas em Minas Gerais e uma em Mato Grosso do Sul.
Diretor-presidente da Raízen, Ricardo Mussa afirma que a compra da Biosev vai além de conquistar uma maior fatia do mercado de biocombustível. Ao demonstrar confiança na aprovação do negócio, ele fala em perspectivas de novos investimentos, principalmente na parte de tecnologia.
“É uma oportunidade de potencializar os negócios usando tecnologia para alavancar a produtividade”
“Mais do que ampliar a produção de etanol, açúcar e bioenergia, esta é uma oportunidade de potencializar os negócios usando tecnologia para alavancar a produtividade e o aproveitamento da cana nas biorrefinarias, com possibilidade de expansão do nosso etanol de segunda geração e biogás”, comenta Mussa.
Futura subsidiária
Em comunicado divulgado à imprensa, a direção da Raízen sinaliza que a marca Biosev não deixará o mercado. A mais nova aquisição vai se tornar uma subsidiária da companhia. Além disso, os atuais acionistas da Biosev terão cerca de 3,5% dos ativos da Raízen, que seguirá com seu controle mantido por Shell e Cosan, com cada uma sendo responsável por 48,25% das ações.
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