Em 29 de setembro de 1908, o Brasil perdeu um dos maiores nomes de sua literatura, Joaquim Maria Machado de Assis. O escritor, que também atuou como jornalista e crítico, destacou-se em diversos gêneros literários.
Defensor da monarquia, Machado de Assis testemunhou a transição do país para a República. Isso deu elementos para seu desenvolvimento como escritor.
Sua vasta obra inclui nove romances, peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas.
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Machado de Assis é considerado o introdutor do realismo no Brasil, com Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Sua fase inicial, marcada pelo romantismo, inclui obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia.
Ele influenciou escritores renomados, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth e Donald Barthelme. É frequentemente comparado a gigantes da literatura mundial, como Dante, Shakespeare e Camões.
O legado de Machado de Assis
O escritor foi casado por 35 anos com Carolina Augusta, com quem viveu a maior parte do tempo. O casal não teve filhos.
A morte de Carolina, em 20 de outubro de 1904, aos 70 anos, foi um golpe para Machado de Assis, que entrou em depressão e morreu quatro anos depois.
Ele dedicou à mulher seu último soneto, A Carolina, descrito por Manuel Bandeira como uma das peças mais emocionantes da literatura brasileira. Suas últimas obras incluem Esaú e Jacó (1904), Memorial de Aires (1908) e Relíquias da Casa Velha (1906).
Em 1906, Machado de Assis escreveu sua última peça teatral, “Lição de Botânica”. A morte do escritor, em 29 de setembro de 1908, marcou o fim de uma era literária, o que deixou um legado imortal para a literatura brasileira e mundial.
As principais obras do escritor brasileiro
Romances
- Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
- Dom Casmurro (1899)
- O Alienista (1882)
- Quincas Borba (1891)
- Memórias de um Sargento de Milícias (1854)
- A Mão e a Luva (1874)
- O Guarani (1857, coautoria)
Contos
- A Semana (1892)
- Contos Fluminenses (1870)
- Histórias da Meia-Noite (1864)
- Páginas Recolhidas (1899)
Peças teatrais
- A Visitadora (1885)
- O Casamento de Pequena Fê (1880)
- Os dezoito anos (1882)
Com todo o respeito , Memórias de um sargento de milícias, não é de autoria de Machado de Assis, mas sim a obra é de Manoel Antônio de Almeida.