Três papiros do Egito indicam que a urina já era utilizada como teste de gravidez há 4,5 mil anos.
Os papiros também descreveram o uso da urina para tentar descobrir o sexo do bebê. Mulheres egípcias urinavam em sementes de trigo e cevada ao longo de vários dias. Se a cevada botasse primeiro, os egípcios entendiam que a mulher estava esperando um menino.
Se o trigo crescesse primeiro, a egípcia concluía que estava grávida de uma menina. Se nenhuma das sementes brotasse, eles entendiam que a mulher não estava grávida.
O teste de gravidez com urina
Além da Antiguidade, o teste de urina para gravidez também foi tentado na Idade Média. Diversas receitas médicas medievais recomendavam o uso de uma agulha na urina da mulher. Se ela ficasse vermelha ou preta, os medievais entendiam que a mulher estava grávida.
No século 16, a palavra “agulha” foi mal interpretada, de acordo com a BBC. Alguns entendiam como “urtiga”. Dessa forma, as mulheres deixavam uma urtiga em um pouco de urina durante a noite. Se ela tivesse manchas vermelhas pela manhã, entendiam que não havia gravidez.
Em 1656, o livro Compleat Midwives Practice (“Prática Completa das Parteiras”) recomendava manter a urina da mulher em um recipiente selado durante alguns dias como teste de gravidez. Se “certas coisas vivas” fossem vistas no frasco, a mulher estaria grávida, de acordo com o livro.
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Havia ainda a opção de ferver a urina como teste de gravidez: se listras brancas aparecessem, entendiam que a mulher tinha um bebê no ventre. Nos anos 1930, os cientistas começaram a considerar os testes de sementes do Egito, descartados anteriormente por serem vistos como “mágicos”.
Pesquisas revelaram que em 70% das vezes, a urina das mulheres grávidas realmente fazia as sementes crescerem. Apesar disso, os pesquisadores não encontraram qualquer relação com o sexo da criança.
A urina de mulheres que não estavam grávidas ou dos homens não tinha o mesmo efeito, o que revelou que havia, de fato, alguma substância única na urina das gestantes.