Demitido depois de 17 anos de trabalho na Record, Arnaldo Duran avaliou a atitude da emissora como um ato cruel, já que atualmente luta contra uma doença degenerativa e sem cura, a síndrome de Machado-Joseph.
O jornalista desabafou em entrevista a Fábia Oliveira, do Metrópoles, sobre o fato de ter perdido o plano de saúde e ainda acusou a empresa de “queimar” suas possibilidades de recolocação no mercado. “Eu fiquei assustadíssimo, não me lembro de ter nenhuma reação quando me disseram. A ficha não caiu e acho que não caiu até agora”, declarou.
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Arnaldo Duran contou como a demissão aconteceu. “No dia 30 de dezembro, antevéspera de uma passagem de ano, eu fui chamado pra uma reunião na TV Record, na direção do Domingo Espetacular. Eu achei que era alguma coisa sobre a coluna que eu fazia, a Mitos e Verdades da Alimentação“, relembrou o repórter.
“Eu estava levando um livro americano sobre alimentos usados como remédios nos tempos bíblicos e queria fazer uma série de reportagens dentro da coluna porque achei que seria um negócio excelente pra audiência. Mas não, a notícia que eles estavam me dando era a de que eu estava sendo demitido”, revelou.
Arnaldo Duran diz que foi sabotado pela Record
“A minha demissão foi um ato desumano. Por quê? Além de tudo o que aconteceu, a Record espalhou que me demitiu por causa do salário alto. Já me queimou no mercado. [Os contratantes pensam] ‘eu não vou contratar o cara porque ganha, não tenho dinheiro pra pagar’. E espalhou pelo mundo inteiro também que eu tenho a doença neurológica degenerativa”, continuou.
O comunicador também afirmou que não sabe se entrará na Justiça contra a emissora. “Estou perdido, mas vou encontrar um caminho, com certeza”, declarou Arnaldo Duran.
O jornalista também falou sobre o fato da Record usar seus discursos sobre a luta contra a síndrome para exibir em programas da Igreja Universal, sendo traduzido até mesmo para outras línguas, e mesmo assim ter lhe demitido sem nem pensar duas vezes. Ele explicou que perdeu o plano de saúde porque o dono da Life — empresa responsável pelo convênio dos funcionários da rede — é o próprio bispo Edir Macedo.
“Ele mandou embora, um funcionário doente, é dono do plano de saúde, não vai pagar o plano de saúde desse funcionário. Me deixar sem plano de saúde é de uma crueldade muito grande, é muito ruim. Me sinto mal de falar sobre isso”, lamentou.
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