O jornal O Estado de S. Paulo apresentas críticas à equipe econômica do governo federal. Em texto publicado na segunda-feira, 18, o veículo de comunicação afirma que o Orçamento para 2024 não representa a realidade dos fatos — e deve afetar as contas pública.
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De acordo com o Estadão, o governo subestimou determinados gastos. Como exemplo, a publicação cita que o valor pago a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estaria subestimado entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões.
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Além disso, o jornal avalia que o governo Lula apresentou gastos que dificilmente serão cumpridos com o Bolsa Família. Nesse sentido, a equipe do Executivo garantiu no Orçamento de 2024 que vai gastar R$ 169,5 bilhões com o programa. Detalhe: para este ano, o valor com a ação social será de aproximadamente R$ 180 bilhões. Assim, a publicação lembra que há, inclusive, mais beneficiários aptos a receberem o benefício.
“O Orçamento traz receitas irreais e despesas subestimadas”, afirma o Estadão, em editorial, texto que marca a posição de uma empresa de comunicação. “É o resultado da sobreposição de regras que fazem com que a conta simplesmente não feche.”
“Esse contexto faz do Orçamento, ano a ano, uma peça de ficção”, prossegue a equipe do jornal.
Cadê a ministra do Orçamento do governo Lula
Apesar de o primeiro escalão do governo Lula contar com o Ministério do Planejamento e Orçamento, sob comando da emedebista Simone Tebet, o Estadão cobra diretamente outro integrante da gestão federal: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. É como se o veículo de comunicação entendesse que, apesar da estrutura da Esplanada dos Ministérios, quem responde por questão orçamentárias é o petista — não a ex-senadora.
“Diante de uma meta tão ambiciosa quanto irrealizável, cabe ao governo explorar as possibilidades de empoçamento e execução na boca do caixa, bem como os limites autorizados pelo arcabouço, para impedir que o buraco que já está contratado se amplie ainda mais”, afirma o o jornal. “Ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resta resistir a pressões de todos os lados para flexibilizar a meta, nem que isso se sustente apenas no discurso e no papel.”
A íntegra do editorial está disponível no site do Estadão.
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