A principal estratégia da União Europeia (UE) para enfrentar a crise energética será estabelecer um teto nos lucros nas empresas geradoras de energia. Medidas para enfrentar a crise energética tinham sido discutidas na semana passada, em uma reunião de emergência, e o plano completo foi apresentado nesta quarta-feira, 14, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em discurso que durou cerca de uma hora.
Naquela reunião, os ministros de Energia dos países da UE tinham discutido a possibilidade de estabelecer um teto no preço do gás vindo da Rússia — o produto somente seria comprado por até determinado valor, porém, a proposta encontrou muita resistência e dificuldade prática de ser estabelecida, porque dependia de o governo russo vender seu gás a um preço tabelado.
Com isso, o teto foi fixado nos lucros de geradores de energia. “Em nossa economia social de mercado, os lucros são bons”, disse Ursula. “Mas, neste momento, é equivocado ter lucros extraordinários beneficiados pela guerra. Os benefícios devem ser distribuídos e canalizados para aqueles que mais precisam.”
De acordo com a presidente da Comissão Europeia, a adoção de um teto para os lucros das empresas geradoras de energia elétrica vai permitir a arrecadação de quase € 140 bilhões (R$ 780 bilhões), que poderão ser utilizados para a redistribuição a residências e empresas vulneráveis. Em seu perfil no Twitter, ela falou sobre o teto. “Algumas empresas produzem eletricidade a baixo custo e obtêm grandes margens. Propomos um teto para suas receitas que levantará mais de € 140 bilhões. E reformaremos profundamente nosso mercado de eletricidade”, escreveu.
Millions of Europeans need support to pay their energy bills.
Some companies produce electricity at low cost and make great margins.⁰
We propose a cap on their revenues that will raise more than €140 billion.
And we will deeply reform our electricity market. pic.twitter.com/qDRzlh18nT— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) September 14, 2022
Enquanto taxa as empresas, a UE deverá fazer uma “reforma completa e profunda” no mercado de energia. “Além da crise imediata, devemos pensar no futuro”, argumentou Ursula. “O modelo atual do mercado de eletricidade não faz mais justiça aos consumidores, que deveriam aproveitar os benefícios das energias renováveis de baixo custo. É necessário desvincular os preços da energia elétrica da influência dominante do gás.”
Os ministros europeus da Energia se reunirão em 30 de setembro para examinar o plano de emergência proposto pela Comissão Europeia, mas algumas ideias apresentadas já dividem os países do bloco por suas diferentes situações energéticas.
A presidência da Comissão Europeia também anunciou a criação de um banco público dedicado ao hidrogênio, com investimentos de quase € 3 bilhões (R$ 15,6 bilhões) e a duplicação da capacidade de combate a incêndios para o próximo ano com a compra de dez aviões anfíbios e três helicópteros adicionais. “Neste verão, enviamos aviões da Grécia, Suécia e Itália para combater incêndios, assim como França e Alemanha. Mas, à medida que esses eventos se tornam mais frequentes e intensos, a Europa necessitará de maior capacidade”, observou Ursula.
Invasão da Ucrânia pela Rússia
O discurso da presidente da Comissão Europeia foi acompanhado pela primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska. Ursula elogiou a resistência dos ucranianos à invasão da Rússia, que começou no dia 24 de fevereiro. “Estou aqui com a convicção de que, graças a nossa coragem e nossa solidariedade, Putin fracassará, e a Europa vencerá”, discursou Ursula.
Ela também prometeu que a solidariedade europeia continuará “inabalável”, e as sanções do bloco ao governo de Vladimir Putin seguirão. “Quero deixar muito claro que as sanções vieram para ficar”, garantiu. “Este é o momento de mostrar determinação, não apaziguamento.” A presidente da Comissão Europeia prometeu que visitará Kiev ainda hoje, para discutir a continuidade da ajuda europeia à Ucrânia.
Inicialmente queriam impor um teto nos preços do gás russo. Putin respondeu de imediato e os fez perder o rumo. Agora decidiram impor um teto aos lucros dos geradores de energia (da UE). O próximo passo será limitar o consumo residencial no inverno (um pouquinho já está bom)? Para quem só discursou e sancionou, está chegando a hora de dançar. Para consertar uma trapalhada fazem outra maior. Problema de ideologia.
Mais uma negacionista da ciência econômica. Controle estatal de preços nunca deu certo em lugar nenhum do mundo. Todos os registros sobre esse tipo de ideia absurda nos ultimos 4 mil anos mostram o fracasso dessas práticas antirracionais. Os preços dos bens escassos têm que subir para atrair mais investimentos para o setor, que só assim resolverão a escassez. Impedir a subida de preços impede o investimento e pereniza a escassez. É muita estupidez. Querem energia abundante e barata? Respeitem a ciência econômica e abracem o livre mercado.
Estabelecer que nada, se não tiver oferta, vão ter que pagar o que a Rússia determinar!
O inverno está chegando, o gás Russo continuará subindo e o gênios socialistas taxam quem já está pagando caro pelo gás.
Nova era das trevas (e do frio) se aproxima da Europa.
Próxima Argentina
Não se observa um só comentário a respeito do erro crasso em depender de um fornecedor apenas. São incapazes de reconhecer os próprios erros, e insistem em paliativos que não chegam a resultado duradouro. É muita prepotência e soberba se achar acima de princípios históricos e práticos, e benfeitores dos “menos favorecidos”, que passam a ser totalmente dependentes dos soberbos e prepotentes. Entende-se somente quando se estuda e compreende relações de poder, claro que sem o viés esquerdóide.
Em tempo “economia social de mercado ” não existe. Só na cabeça de comunistas
Estabelecer teto de lucros é típico de nações socialistas. Vão começar por aí depois virão outras empresas quando ”
os iluminados ” desejarem. Eles ainda não apreenderam o que é MERCADO e querem claramente achar meios de controlar as empresas e pessoas . Típico de algumas republiquetas socialistas latino americanas. Continuando assim a Europa se desintegra em poucos anos. Quem viver verá!