A combinação da primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 com uma segunda dose de imunizante da Pfizer/BioNTech ou Moderna, que têm RNA mensageiro, fornece “boa proteção”, de acordo com o Instituto Estadual de Soro (SSI) da Dinamarca.
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“O estudo mostra que, 14 dias após um programa de vacinação combinado, o risco de infecção com o Sars-CoV-2 [novo coronavírus] é reduzido em 88%, em comparação com indivíduos não vacinados”, disse o SSI. Essa é uma “alta eficácia”, acrescentou, comparando com a taxa de eficácia de 90% de duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech, confirmada em outro estudo dinamarquês.
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Na Dinamarca, mais de 144 mil pessoas, a maioria funcionários do setor de saúde e idosos, receberam sua primeira injeção com a vacina da AstraZeneca, mas depois foram imunizadas com a vacina da Pfizer/BioNTech ou Moderna.
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Divulgado na semana passada, o levantamento foi realizado entre fevereiro e junho, período em que a variante Alfa do coronavírus, identificada originalmente no Reino Unido, teve maior presença. Não foi possível concluir se a mesma proteção se aplica à variante Delta, que é agora a mais registrada na Dinamarca e em outros países. Identificada originalmente na Índia, a variante é mais transmissível e tem impedido planos de reabertura no exterior.
Brasil
No Brasil, o imunizante da AstraZeneca só não é recomendado para grupos específicos, como gestantes. A restrição foi adotada após a morte de uma grávida no Rio de Janeiro que havia recebido uma dose da vacina no dia anterior. Para as gestantes que já tinham tomado a injeção, a recomendação do Ministério da Saúde foi aplicar como segunda dose o imunizante da Pfizer. A vacina da Moderna não é usada no país.