Em comunicado à imprensa, nesta terça-feira, 19, a Amazon, maior empresa de comércio eletrônico do mundo, informou que está processando administradores de vários grupos no Facebook usados para coordenar avaliações falsas de produtos comercializados no site.
Os responsáveis pelos grupos do Facebook solicitam as análises de itens, que vão desde tripés de câmera até estéreos de carro em troca de produtos gratuitos ou dinheiro, prática que contraria as regras de uso da plataforma. Essa conduta indevida, porém, já foi identificada nas lojas dos EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha e Japão.
Segundo o vice-presidente da Amazon, Dharmesh Mehta, o processo contra os administradores dos grupos, aberto no Tribunal Superior de King, no Estado de Washington, representa “uma ação legal proativa contra maus atores”.
Essas avaliações falsas geralmente são usadas para aumentar as classificações dos produtos e aumentar a probabilidade de serem comprados. Porém, como as avaliações não são verdadeiras, muitas vezes os consumidores podem ser enganados, comprando produtos sem qualidade.
Durante a pandemia, os consumidores migraram para as plataformas de comércio eletrônico, e, com isso, houve uma crescente manipulação de avaliações e frustração do cliente. Órgãos de defesa do consumidor em diversos países têm deflagrado investigações contra a Amazon e outras plataformas de e-commerce.
No ano passado, o regulador antitruste do Reino Unido instaurou uma investigação para saber se a empresa de Seattle e o Google estão fazendo o suficiente para eliminar avaliações falsas.
Um dos grupos do Facebook, chamado Amazon Product Review, tinha mais de 43 mil membros e foi removido neste ano. O grupo se “ocultava” das buscas do Facebook alterando letras em frases que podem acionar os alarmes.