Um antigo “lixão” da máfia na Itália virou um terreno produtivo. O governo transferiu esse locais, as chamadas “terras dos fogos” (de queima constante de lixo), para cooperativas. Nelas, pessoas com deficiência trabalham o solo, segundo contou o site Um Só Planeta. Há, inclusive espaço para o cultivo de cogumelo.
Leia mais: “Veja os produtos nos quais o Brasil é líder em exportação”
O projeto, na província de Caserta, sul do país europeu, é denominado Terra Felix (terra fértil, no latim) e utiliza estufas com controle de umidade e temperatura. São produzidos por mês, entre outros cultivos, até uma tonelada de cogumelos. A cooperativa completa quatro anos em 2023.
“Somos uma cooperativa social. Portanto, temos um dever moral, escrito em nosso estatuto: devemos trabalhar para criar oportunidades para os deficientes”, diz Francesco Pascale, integrante do grupo, ao portal Euronews Grenn. “Quando planejamos um novo projeto, primeiro pensamos no envolvimento dessas pessoas e depois pensamos no resto.”
Resistência de grupos que incendiaram o local não abate os organizadores
No local, cuja área total é de 12 hectares, biomassas atuam como adubo para o cultivo dos fungos. Antes, a área era um território de violência, comandada pelo clã Casalesi, da máfia Camorra.
Leia mais: “Fugitivo da máfia italiana é capturado com a ajuda do Google Maps”
Nem sempre, no entanto, a busca de algo construtivo é fácil. As resistências em defesa de interesses escusos também existem. No dia 15 de agosto, o projeto foi palco de um incêndio criminoso, que destruiu sete hectares.
As perdas, entretanto, não abatem os organizadores do Terra Felix. “Com o nosso trabalho, imaginamos que podemos percorrer um bom trecho dessa estrada, para deixarmos vir a beleza e o que essa nossa Terra Félix pode nos oferecer”, diz um convicto Pascale.
Leia também: “Município brasileiro produz mais soja que a França”