A Apple restringiu funções do AirDrop do iPhone na China. O sistema permite a troca de documentos, imagens e vídeos. Para contornar a censura do Partido Comunista (PCC), muitas pessoas usam o serviço.
Por ora, não se sabe o que motivou a decisão. A big tech tem sido criticada por supostamente agradar à China. Em 2019, a empresa chegou a remover o emoji da bandeira de Taiwan, usado por moradores de Hong Kong e Macau.
Os opositores do PCC usam esse recurso para compartilhar panfletos digitais dentro do país. Esses documentos explicam a causa defendida pelo movimento pró-democracia que há na China. Esse método serve para mostrar a realidade escondida da população pelo governo.
Como base para mostrar a censura do governo chinês, um dos panfletos contém informações sobre o massacre na Praça da Paz Celestial, em 1989.
O AirDrop é um sistema exclusivo para donos de iPhone, iPad ou Mac. Antes das mudanças, o usuário podia usar o recurso por tempo ilimitado. Agora, ele terá dez minutos para receber arquivos de amigos ou estranhos e, depois do tempo-limite, receberá somente documentos de familiares, que são encontrados os contatos.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, a Apple vai expandir a nova configuração globalmente, a partir de 2023, para “combater o compartilhamento de arquivos indesejados”. A companhia não deu muitos detalhes sobre isso.
Apple limits AirDrop in China after its use in protests https://t.co/W71YBWwQwz pic.twitter.com/huT0E4aa1T
— The Verge (@verge) November 10, 2022
O que é o AirDrop e como ele funciona
O AirDrop é um recurso exclusivo de aparelhos da Apple e serve para compartilhar documentos, imagens e vídeo de modo simplificado.
Para usar o sistema, é necessário os smartphones estarem próximos uns dos outros. Basta conectá-los em uma mesma rede, bluetooth ou Wi-Fi, acessar o app “Ajustes”, selecionar a opção “AirDrop”, selecionar um contato e compartilhar o arquivo desejado.