Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, vai enfrentar o voto de desconfiança nesta segunda-feira, 6. Caso a maior parte dos parlamentares do Partido Conservador vote contra Johnson, ele perderá a liderança da legenda e, por consequência, terá de deixar o cargo de premiê.
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As normas também impedem Johnson de concorrer na disputa pela liderança no caso de uma destituição. Se ele ganhar a votação, permanece como líder do partido e, consequentemente, como primeiro-ministro do Reino Unido.
“O voto terá lugar nesta tarde, na Câmara dos Comuns, entre as 18 horas e 20 horas [14h e 16h, em Brasília], e anunciaremos o resultado pouco depois”, disse Graham Brady, presidente do Partido Conservador.
De acordo com as regras do partido, se os parlamentares quiserem destituir a liderança, eles enviam uma carta confidencial de desconfiança ao presidente do Comitê de 1922. O grupo é formado por membros da bancada do Partido Conservador que não ocupam cargos no governo.
Quando ao menos 15% dos parlamentares conservadores enviam cartas, o voto de desconfiança é desencadeado entre todos os legisladores conservadores. A votação é secreta. Não está claro exatamente quantas cartas foram enviadas no caso de Johnson.
A posição de Johnson dentro do partido foi abalada pelo chamado escândalo do “Partygate”. As acusações são de que a sede do governo teria abrigado festas durante o lockdown determinado para conter a pandemia.
Na sexta-feira 3, durante a cerimônia pelo Jubileu Platina da rainha Elizabeth II, Johnson foi vaiado na Catedral de Saint Paul.