Um comboio com cerca de 2 mil caminhoneiros canadenses protesta há quase uma semana contra o passaporte vacinal imposto pelo governo do Canadá. O Freedom Convoy (Comboio da Liberdade, em português) segue nesta sexta-feira, 28, em direção a Ottawa, capital do país.
No início do mês, o Canadá começou a exigir a vacinação de todos os caminhoneiros que chegassem dos Estados Unidos. Os não vacinados, cerca de 15% dos motoristas, são obrigados a cumprir 14 dias de quarentena.
Além de protestarem contra a obrigatoriedade da vacina, os manifestantes pedem a revogação de todas as restrições no combate à covid e a saída do primeiro-ministro, Justin Trudeau.
Caminhoneiros recebem apoio
O protesto dos caminhoneiros já reúne mais de 270 mil seguidores no Facebook e quase 40 mil seguidores no Telegram e tem recebido manifestações de apoio de políticos conservadores, incluindo o ex-líder do Partido Conservador Andrew Scheer e a deputada Candice Bergen, que pediram protestos pacíficos.
Uma campanha de arrecadação para custear combustível e hospedagem para os manifestantes já chegou a 5,5 milhões de dólares canadenses, cerca de R$ 23 milhões.
https://twitter.com/BernieSpofforth/status/1486629667469672454?s=20&t=aLPAIKLYQGRaoCOW5zaOsw
Antes do protesto realizado no último sábado em Ottawa, o primeiro-ministro, Justin Trudeau, disse que o grupo de manifestantes mantinha “visões inaceitáveis” e não refletia a maioria dos canadenses.
Segundo Simon Somogyi, professor da Universidade de Guelph — instituição que estuda negócios de alimentos e gestão da cadeia de suprimentos —, existe a possibilidade de haver desabastecimento de alimentos no país com as paralisações.
Ele explica que o Canadá importa cerca de US$ 21 bilhões em alimentos dos EUA todos os anos, e que os caminhões desempenham um papel fundamental no transporte. “No final das contas, precisamos de mais caminhões na estrada. Se todos viessem à mesa para uma discussão honesta sobre isso, em vez de fazer declarações políticas, seria melhor para todos”, disse.
Com informações de The Guardian e CBC News
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Parabéns pela iniciativa, quem sabe aqui não aconteça tb? Isso já passou dos limites.