O Catar, que vai sediar a Copa do Mundo de 2022, contratou um ex-oficial da CIA — agência de inteligência americana — para espionar agentes do futebol ligados à Federação Internacional de Futebol (FIFA). O objetivo era vencer a disputa para realizar a Copa do Mundo no país árabe.
A investigação que revelou a informação foi feita pela agência de notícias Associated Press.
A Copa do Mundo é o torneio esportivo mais popular do planeta. É também uma chance para o Catar, um dos países mais ricos do mundo, fazer uma festa de debutante no cenário mundial.
A investigação descobriu que o Catar contratou o ex-oficial Kevin Chalker para espionar times rivais e oficiais do futebol mundial, responsáveis pela escolha da sede do torneio.
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O ex-oficial da CIA, que abriu um escritório em Doha, tinha uma conta de e-mail do governo do Catar, e agia por meio de sua empresa aberta no país, a Global Risk Advisor (GRA). A investigação teve acesso a contratos, faturas, e-mails e uma revisão de documentos comerciais com valores superiores a US$ 300 milhões.
Chalker é processado por um ex-funcionário que o acusou de montar uma ampla campanha com o uso de hackers e espionagem ilegal sob a direção do governo do Catar, usando ex-oficiais da CIA para vigiar funcionários da FIFA.
Ex-associados dizem que as empresas de Chalker forneceram uma variedade de serviços ao Catar, além de trabalho de inteligência.
Chalker trabalhou na CIA como oficial de operações por cerca de cinco anos. Os Estados Unidos foram o maior rival do Catar na conquista da Copa do Mundo de 2022.
Autoridades do governo do Catar não responderam aos pedidos de comentários da Associated Press. A FIFA também não quis comentar.