A China alertou Taiwan que tomará medidas ainda mais “agressivas” do que os exercícios militares se o presidente da ilha se encontrar com um político norte-americano no próximo mês. Na segunda-feira 6, Chiu Kuo-cheng, ministro da Defesa de Taiwan, anunciou que a ilha deve estar em alerta neste ano, para uma “entrada repentina” dos militares chineses em áreas próximas ao território taiwanês.
O presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, deve conversar com Tsai Ing-wen, a presidente taiwanesa, na Califórnia, em abril. Tsai discursará na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan durante uma viagem oficial à América Central.
A China quer anexar Taiwan como parte de seu território. O líder do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, prometeu “reunificar” a China com Taiwan, mesmo que para isso ele tenha que recorrer à força, como parte de seu plano de “rejuvenescimento nacional”.
A mídia estatal chinesa informou que as reuniões serão consideradas uma séria afronta a Pequim. A visita de McCarthy “inevitavelmente causará novas tensões em Taiwan, e as contramedidas da China podem ser ainda mais decisivas do que aquelas vistas durante a última visita da ex-presidente da Câmara dos EUA Nancy Pelosi à ilha”, disse a mídia estatal chinesa, nesta quarta-feira 8.
A China realizou exercícios militares em larga escala em agosto de 2022, quando Pelosi pousou em Taipei e se encontrou com Tsai, inclusive disparando mísseis sobre a ilha em uma demonstração de força.
Reuniões entre autoridades de Taiwan e de outras nações sempre causaram atritos com o governo chinês. Pequim os vê como um desafio direto às suas reivindicações de soberania.
China planeja acelerar incorporação de Taiwan
De acordo com Oeste, em outubro de 2022, em uma conferência na Universidade de Stanford, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o presidente Xi Jinping — prestes a assumir um terceiro mandato na China — quer tomar Taiwan “em um prazo muito mais rápido” do que se havia considerado anteriormente.