Comitê da Câmara dos EUA decide intimar Donald Trump

O comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou em votação na quinta-feira 13 uma intimação ao ex-presidente Donald Trump, por causa da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Trump poderá sofrer acusações criminais caso não cumpra a medida.

A determinação foi decidida em votação: sete membros democratas e dois republicanos votaram por 9 a 0 a favor da intimação do ex-presidente dos EUA. O comitê quer que Trump forneça documentos e um depoimento sob juramento a respeito da invasão.

The House committee investigating the Jan. 6, 2021, Capitol insurrection presented findings and voted to subpoena former president Donald Trump on Oct. 13.

Here's a recap of today's hearing in three minutes. https://t.co/3cdr4h4IYm pic.twitter.com/ROOFueZ0fS

— The Washington Post (@washingtonpost) October 13, 2022

“Ele deve ser responsabilizado. Ele deve responder por suas ações. Ele deve responder por aqueles policiais que colocam suas vidas e corpos em risco para defender nossa democracia. Ele deve responder por aqueles milhões de norte-americanos cujos votos ele queria jogar fora como parte de seu esquema para permanecer no poder”, afirmou o presidente da comissão, Bennie Thompson.

Penalidades

A lei federal norte-americana diz que o descumprimento de uma intimação do Congresso pode ser punida com prisão de um a 12 meses. Se a intimação do comitê for ignorada, o processo poderá ser referenciado ao Departamento de Justiça, que tem autoridade para fazer acusações, através de uma votação do plenário da Câmara.

Steve Bannon, ex-assessor de Trump, deve ser sentenciado na próxima semana, depois de desacatar as acusações do Congresso, por não cumprir uma intimação do comitê. Já Mark Meadow, outro ex-assessor de Donald Trump, não foi acusado pelo Departamento de Justiça, mesmo com a sugestão oferecida pela Câmara.

Os procuradores federais também investigam suposto caso em que Trump teria retirado documentos sigilosos da Casa Branca e levado para sua casa na Flórida, no final de seu mandato.