O Ministério da Saúde de Portugal anunciou nesta segunda-feira, 8, que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca não deve ser administrada em adultos com mais de 65 anos, levantando dúvidas sobre o uso do fármaco em idosos. A posição portuguesa fortalece o coro de países europeus que expressaram reservas a respeito de sua eficácia acima dessa faixa etária. As reservas foram manifestadas pela primeira vez na Alemanha, no fim de janeiro.
Apesar do posicionamento, a pasta esclareceu que a vacinação de uma pessoa de 65 anos ou mais não deverá ser adiada se a vacina da AstraZeneca for a única disponível. Portugal já registrou 765.414 casos de coronavírus e 14.158 mortes. A apreensão em torno do uso do imunizante da AstraZeneca em idosos se deve ao fato de alguns países considerarem estatisticamente baixo o número de voluntários nessa faixa etária que foram testados. No entanto, ao liberar o uso emergencial da fórmula, a Agência Europeia de Medicamentos, a reguladora da União Europeia, não fez reservas ao uso da vacina nesse grupo de pessoas.
Alemanha, França, Áustria e Noruega dizem que só a administrarão a vacina da AstraZeneca a pessoas com menos de 65 anos; a Polônia a limitará a pessoas com menos de 60 anos; e a Espanha e a Itália a pessoas com menos de 55 anos.
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Com informações de O Globo