Medidas adotadas por países europeus no combate à covid-19 estão enfraquecendo a democracia. O alerta aparece em relatório da União das Liberdades Civis para a Europa, grupo de direitos humanos com atuação em 18 países da União Europeia (UE). Depois de investigar regras estabelecidas sob o pretexto de conter a pandemia, a entidade concluiu que muitas ações têm pouco a ver com a crise sanitária e afetam o Estado de Direito.
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“As liberdades das pessoas, incluindo o direito de protestar, foram reduzidas em uma tentativa de impedir a propagação do vírus e a legislação passou frequentemente por procedimentos rápidos”, revela o documento, que fala em restrição da “possibilidade de a sociedade civil envolver-se no processo político“.
De acordo com o relatório, o ambiente tem se tornado cada vez mais hostil para os jornalistas na Espanha e na Itália. Na França, Croácia e Bulgária houve a interrupção de protestos e a detenção arbitrária de manifestantes. A polícia alemã reprimiu manifestações que respeitavam o distanciamento social. Na Irlanda, preocupações quanto à privacidade dos cidadãos levanta questionamentos sobre um aplicativo de rastreamento ainda não respondidos pelas autoridades locais.
“Nenhum país da UE está imune a ameaças à democracia e esforços mais concretos são muito necessários para reverter tendências preocupantes”, alerta a publicação.
O texto ainda relata que a pandemia foi usada na Hungria, Polônia e Eslovênia para fortalecer o poder vigente e limitar as críticas ao governo. Segundo o site Poder360, o primeiro-ministro húngaro governa agora por decreto.
Fraudemia é um FATO! Até quando irá perdurar esse descalabro? Passou mais de 01 ano…
O mesmo que está acontecendo no Brasil, querem acabar com a Demicracia.