No domingo 7, as forças de segurança do Sudão, na África, dispersaram com gás lacrimogêneo manifestantes que protestavam. Ninguém ficou ferido. Cinco pessoas foram presas.
Foi o primeiro dia de uma nova campanha de desobediência civil contra a tomada de poderes pelos militares, que derrubaram e prenderam as principais autoridades civis do país.
Os “comitês de resistência” e a Associação de Profissionais do Sudão — importantes grupos que levaram à queda do ditador Omar al-Bashir em 2019 depois de 30 anos no poder — estão organizando uma campanha de protestos na tentativa de reverter o golpe militar.
Desde o início das manifestações contra o golpe, pelo menos 14 pessoas morreram. Em 25 de outubro, militares liderados pelo chefe das Forças Armadas, Abdel Fattah al-Burhan, derrubaram e prenderam o primeiro-ministro, Abdallah Hamdok, e diversas outras autoridades civis.
Após a queda do ditador Bashir, em 2019, o Sudão era comandado por um governo de transição, composto de militares e civis, e tinha eleições previstas para 2022.