Um dia depois das manifestações de partidos de oposição contra o presidente da Bolívia, Luis Arce, os governistas reagiram na terça-feira 12 e foram às ruas, denunciando uma suposta tentativa de “golpe” contra a atual gestão.
Lideranças do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Arce e do ex-presidente Evo Morales, convocaram protestos em várias regiões do país. Grupos indígenas também participaram das manifestações.
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O próprio Arce esteve presente nos atos esquerdistas em Cochabamba e La Paz, duas das principais cidades bolivianas, além de Santa Cruz, um reduto da oposição. Em pronunciamento, o discípulo de Morales afirmou que a direita não aceitou a derrota nas eleições do ano passado, quando ele obteve 55% dos votos. “Se eles não querem respeitar as urnas, vamos fazer respeitar as ruas”, disse. Morales também esteve na manifestação de Cochabamba.
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No domingo 11, dezenas de milhares de opositores tomaram as ruas de cidades como La Paz, Cochabamba e Tarija para exigir que Arce “cesse a perseguição político-judicial no caso do falso golpe de Estado e liberte os presos políticos”. Os adversários dos socialistas pedem a libertação imediata da ex-líder interina do país, Jeanine Áñez, detida desde março e acusada de crimes como sedição, terrorismo e genocídio.
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Se a manifestação esquerdista for inferior a manifestação da direita. A fralde nas eleições podem ser expostas.