A Dinamarca pretende mandar refugiados sírios oriundos de Damasco, a capital da Síria, de volta para casa. Comandada com mão de ferro pelo ditador Bashar al-Assad, a região não registra conflitos bélicos de grandes proporções há três anos — razão por que, segundo o governo social-democrata do país nórdico, os refugiados podem voltar para seu local de origem de maneira segura, sem sofrer com a violência das guerras.
Embora a organização não governamental Human Rights Watch discorde da decisão, alegando que os sírios serão presos e torturados tão logo voltarem para Damasco, os dinamarqueses dobraram a aposta. Desde 2019, o governo analisou os casos de mais de 600 dos 33.000 refugiados sírios no país. O Estado removeu o status de “proteção temporária” de mais de 200 deles. Outros 410 estão em perigo.
Os sociais-democratas querem estabelecer um limite para o número de imigrantes não ocidentais, argumentando que eles enfrentam dificuldades para encontrar empregos ou se integrar à cultura local. Rasmus Stoklund, porta-voz do Partido Social-Democrata, disse que a Dinamarca poderia ajudar mais refugiados, mas gastando menos dinheiro, ao apoiar programas de ajuda humanitária fora do país, como campos de refugiados na África.
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