O ditador Kim Jong-un declarou a “vitória” da Coreia do Norte sobre a covid-19, na quarta-feira 10, depois de quase duas semanas sem registrar novos casos. Segundo a agência estatal de notícias KCNA, ao presidir uma reunião com profissionais de saúde, Kim Jong-un anunciou a “vitória na guerra contra a doença pandêmica maligna”.
Tradicionalmente isolado pelo regime comunista, a Coreia do Norte se fechou ainda mais desde o início da pandemia e impôs rígidos controles nas fronteiras. Em maio, o governo informou a existência de um surto da variante Ômicron em Pyongyang, a capital do país, e ativou um “sistema máximo” de prevenção de epidemias.
De acordo com dados oficiais, a Coreia do Norte registrou quase 5 milhões de casos de covid desde o fim de abril, com apenas 74 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 0,002%.
A Coreia do Norte se refere a pessoas com covid como “pacientes com febre”, o que se daria em razão da baixa capacidade de diagnóstico da doença pelo sistema de saúde local. Desde 29 de julho, as autoridades não relataram novos casos.
Segundo a KCNA, Kim Jong-un disse que “a vitória conquistada por nosso povo é um evento histórico que mais uma vez demonstra ao mundo a grandeza de nosso Estado, a tenacidade indomável de nosso povo e os belos costumes nacionais dos quais nos orgulhamos”.
A agência estatal de notícias também informou que o ditador foi ovacionado ao fim do discurso e, em seguida, participou de uma sessão de fotos com participantes e altos funcionários, o que “os encheu de grande entusiasmo e alegria”.
O regime comunista tem um dos piores sistemas de saúde do mundo, com hospitais mal equipados, poucas unidades de terapia intensiva e nenhum tratamento ou vacinas contra a covid, dizem especialistas.
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