O presidente da Rússia, Vladimir Putin, denunciou neste domingo, 9, a volta de discursos de “supremacia racial e étnica, anti-semitismo e russofobia”. A declaração foi dada em discurso de celebração dos 76 anos da vitória dos soviéticos sobre o nazismo.
Putin ressaltou que apoia o direito internacional, mas “sempre vai defender firmemente os interesses nacionais russos e garantir a segurança do povo” do país. “Infelizmente, são feitas tentativas de implantar uma grande parte da ideologia nazista e as ideias daqueles que estavam obcecados com a teoria delirante de sua própria supremacia”, afirmou.
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O discurso aconteceu em um grande evento na Praça Vermelha, em Moscou. Este é o principal feriado do país, marcado por imponentes paradas militares na capital e nas principais cidades. Segundo uma pesquisa do instituto público Vtsiom, 69% consideram a data a mais importante da Rússia.
Tensão em alta nos últimos anos
Nos últimos anos, a tensão entre Moscou e os ocidentais cresceu – a Rússia foi alvo de múltiplas sanções devido à anexação da Crimeia, na Ucrânia, em 2014, e o seu papel no conflito no país vizinho, que dura até hoje. O país também foi repreendido por acusações de ataques cibernéticos contra alvos ocidentais e repressão da oposição anti-Putin.
Este ano, o 9 de maio ocorre em meio a uma recrudescência da tensão na Ucrânia, com o envio de dezenas de milhares de militares russos para a fronteira e o temor de uma nova ofensiva. Além disso, o envenenamento e a prisão do principal opositor ao presidente, Alexeï Navalny, continuam a abalar os ânimos entre Moscou e a União Europeia.
Com informações da RFI
Enquanto fico atacando espantalhos mantém o um regime semelhante ao que Ele supostamente é contra…
É mais fácil atacar o nazismo que reconhecer o próprio sistema que o ditador dirige. Ao menos Hitler não matou os próprios alemães para que se convertessem ao nazismo, coisa que a Rússia fez ao condenar milhares de russos que não quiseram a revolução.