O presidente da Emirates afirmou que a companhia vai manter os voos para a Rússia, mesmo com algumas concorrentes paralisando itinerários ao país ou impedidas de usar o espaço aéreo local, em razão do conflito na Ucrânia. O executivo Tim Clarke manifestou que a operação continua, até segunda ordem.
Segundo Clarke, não existe orientação sobre suspensão dos voos por parte do proprietário da companhia aérea, o governo dos Emirados Árabes Unidos. Atualmente, a Emirates mantém Moscou e São Petersburgo como destinos.
“Se nos disserem para parar, vamos parar. A menos que nos digam o contrário, continuaremos”, disse Tim Clarke, em entrevista à rede de televisão britânica BBC.
Entre as sanções internacionais impostas à Rússia pelo conflito, as aeronaves do país foram proibidas de usar o espaço aéreo e aeroportos de Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá.
Algumas das principais companhias aéreas internacionais também estão impedidas de usar o espaço aéreo da Rússia, por decisão de banir operações de empresas do setor de 36 países. Os Emirados Árabes não fazem parte da lista.
Segundo Tim Clarke, além de transportar passageiros, a empresa também tem levado carga ao território russo, incluindo bens humanitários, como alimentos e suprimentos médicos.
“Estamos atendendo a pessoas que estão na periferia da questão principal aqui, e essa é provavelmente a maneira como o governo (dos Emirados Árabes) vê isso”, comentou o executivo britânico.