O furacão Milton está se deslocando em direção ao Estado norte-americano da Flórida. Nesta segunda-feira, 7, o fenômeno passou pela costa da Península de Yucatán, no México, onde provocou tempestades.
Em pouco mais de 12 horas, conforme o portal Meteored, Milton passou de um furacão categoria 1 (com ventos em torno de 150 km/h) para categoria 5 (com ventos de até 278 km/h e rajadas acima de 300 km/h).
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Na madrugada de terça-feira, 8, o sistema perdeu força e passou para categoria 4, mas voltou à categoria 5 no fim do dia.
Segundo o Meteored, o fenômeno é muito forte e perigoso. A previsão mais recente é que Milton atinja o oeste da Flórida no início da madrugada desta quinta-feira, 10, com categoria 4.
A situação é ainda mais preocupante já que, há poucos dias, o Estado da Flórida sofreu os impactos de outro ciclone devastador, o Helene.
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O furacão Milton já é um dos mais impressionantes da temporada de 2024 no Atlântico Norte.
Em termos de pressão mínima central, Milton caiu de 981 hectopascais (hPa) para 897 hPa. No caso de furacões, quanto menor a pressão, maior a intensidade do evento.
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A Metered destaca que, em toda a história de furacões já registrada no Atlântico Norte, apenas seis deles atingiram pressão inferior aos 900 hPa nessa região do mundo. São eles:
- Wilma (2005): 882 hPa
- Gilbert (1988): 888 hPa
- Furacão do “Labor Day” (1935): 892 hPa
- Rita (2005): 895 hPa
- Milton (2024): 897 hPa
- Allen (1980): 899 hPa
Entenda o que causa a rápida intensificação de um furacão
O Serviço Meteorológico dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês) considera uma intensificação rápida quando os ventos sustentados por um sistema aumentam pelo menos 56 km/h em 24 horas.
O furacão Milton se intensificou quase três vezes essa velocidade — cerca de 153 km/h em apenas 24 horas.
Segundo o Meteored, a rápida intensificação de um furacão é extremamente difícil de prever, mas é possível ter uma indicação da ocorrência por dois fatores principais.
O primeiro deles é a temperatura da superfície do mar: quanto mais quente estiver a água sobre a qual o furacão se desenvolve, mais energia o sistema terá para alimentar as tempestades e abaixar a pressão.
O segundo fator é o fraco cisalhamento vertical do vento, ou seja, uma mudança na direção ou velocidade do vento com a altura. Quando a mudança é grande, o furacão tende a se desorganizar, mas quando essa mudança é pequena, o sistema ganha força.