O governo do Equador ampliou o estado de exceção de três para seis Províncias do país, na segunda-feira 20, por causa da violência dos protestos de indígenas contra a alta do preço dos combustíveis.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção (suspendendo direitos), na tentativa de conter os protestos, que estão no nono dia.
O país exporta petróleo, mas importa combustíveis. Em pouco mais de um ano, o galão do diesel subiu 90% e o da gasolina, 46%. Por pressão dos manifestantes, os preços estão congelados desde outubro do ano passado. Agora, eles exigem que o valor baixe.
Ecuador 🇪🇨
Guerra Civil
https://t.co/guzbOI7CDm— Joel la Rosa (@Pedrola51624238) June 20, 2022
Os indígenas também pedem moratória para pagamento de dívidas de agricultores, controle de preços de produtos agrícolas, emprego, suspensão de concessões à mineração em seus territórios e investimentos em saúde, educação e segurança.
Para conter a crise, o governo reajustou em 10% um auxílio pago à população mais vulnerável (de US$ 50 para US$ 55), passou a conceder subsídios a pequenos e médios produtores rurais e perdoou dívidas de até US$ 3 mil com o banco estatal para o fomento produtivo. Além disso, também declarou estado de emergência de saúde pública, para poder destinar mais recursos ao setor, e duplicou o orçamento para a educação intercultural.
A Câmara do Comércio de Quito disse à agência de notícias AFP que os protestos renderam um prejuízo de pelo menos US$ 60 milhões ao setor produtivo nos primeiros cinco dias, afetaram a produção de petróleo e o cultivo e a exportação de flores.
O Equador abriga 1,1 milhão de indígenas entre os seus 17,5 milhões de habitantes, segundo dados do censo populacional.
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