O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falou sobre assuntos como mudança de comando da Petrobras, relação com os Estados Unidos e a China e o interesse do Brasil em ingressar à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os temas foram abordados pelo chanceler brasileiro durante entrevista concedida a Os Pingos nos Is, programa da rede Jovem Pan. O conteúdo foi ao ar na noite desta terça-feira, 23.
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Primeiramente, o ministro foi instigado a analisar a questão da Petrobras. Evitando comentar diretamente a troca de comando anunciada na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro e a seguinte perda de valor de mercado da companhia, Araújo demonstrou confiança na economia brasileira como um todo. “Não é movimento de fuga de capitais estrangeiros”, afirmou. “A estrutura da economia brasileira tem atraído investidores”, reforçou.
Na sequência, o chefe do Itamaraty respondeu a questionamentos feitos por três colunistas da Revista Oeste.
- Relação com os EUA
Sobre os Estados Unidos, Ernesto Araújo destacou que já deu início a uma “agenda positiva” junto a John Kerry, enviado especial para o clima do país norte-americano. Nesse sentido, afirmou já ter ao lado do também ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) conversado por videoconferência com o integrante do governo Joe Biden. “Queremos ter uma relação forte com os Estados Unidos”, respondeu em resposta a Ana Paula Henkel.
- Entrada na OCDE
Por falar em Biden no lugar de Donald Trump no comando da Casa Branca, o chanceler aproveitou para mais uma vez defender a entrada do Brasil à OCDE. De acordo com ele, a mudança de poder nos Estados Unidos não afetará esse processo. Reforçou que o ingresso do país trará benefícios à própria organização. “A candidatura brasileira faz total sentido à OCDE”, pontuou ao ser questionado por Guilherme Fiuza. “Somos uma das dez maiores economias do mundo”, enfatizou.
- Relação com a China
Ernesto Araújo também respondeu a uma pergunta feita por Augusto Nunes sobre o relacionamento do Brasil com a China. Mais uma vez, a declaração do ministro das Relações Exteriores foi positiva. “As relações do Brasil com a China vão muito bem”, disse, antes de dar exemplo que conota a força econômica da parceria com o país asiático. “O comércio cresceu. As exportações do Brasil com a China cresceram”, complementou.