José Luis Santamaria é um ex-preso político venezuelano. Ele foi detido pela primeira vez pela ditadura de Nicolás Maduro em 24 de julho de 2014, dia em que a Venezuela comemora o nascimento de Simón Bolívar.
A polícia venezuelana o interrogou e o torturou. Ele conta que foi golpeado e maltratado durante o tempo em que esteve na prisão.
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Todos seus direitos foram negados. Não podia escolher o próprio advogado nem ver sua família — que não fazia ideia de onde ele estava. “Fui a uma unidade de investigação policial, que se chama Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas”, contou José Luis Santamaria. “Vivi o maior terrorismo de Estado que se pode viver.”
Seu crime, segundo a ditadura de Maduro, foi participar do Movimento Nacionalista Venezuelano — um grupo que defende a tradição, a família, a vida e a liberdade.
A liberdade do venezuelano durou pouco
Em 6 de outubro de 2017, José Luis Santamaria foi solto. No entanto, sua liberdade durou pouco. “Tive alguns meses de descanso”, disse. Em 18 de abril de 2018, foi preso novamente e liberado em 1º de setembro de 2020.
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Hoje, José Luis Santamaria afirma que, para lutar por seu país, é necessário “oferecer sua vida em martírio pela liberdade”. Em mensagem ao povo brasileiro, diz que o Brasil e a Venezuela “devem defender os princípios que nos fizeram livres”.
“Defender esses valores, esses princípios de vida e liberdade são fundamentais, e é o direito natural que nos protege”, disse José Luis Santamaria. “Não são direitos escritos em Constituições somente, porque as Constituições provêm do ser humano que pactua com esse fim. Mas é o direito natural, que é anterior, imanente e superior, que vem do direito divino. E isso é o importante: defender a vida, defender a tradição e a família.”