Nos Estados Unidos, um exame de DNA inocentou um homem de 72 anos, que havia sido condenado por estupro em 1975. As autoridades norte-americanas divulgaram a informação na terça-feira 5.
Acusado de ter estuprado uma adolescente que estava indo para a escola, Leonard Mack recebeu ordem de prisão há 47 anos, em Greenburgh, Estado de Nova York.
Depois de uma campanha da organização norte-americana Projeto Inocência, exames de DNA, que não estavam disponíveis na época dos fatos, “descartaram de forma conclusiva o senhor Mack como perpetrador do estupro e identificaram um agressor sexual condenado, que confessou o crime”, informou o gabinete do promotor do condado de Westchester.
“É a condenação errônea mais longa da história dos Estados Unidos”, informou o gabinete do promotor distrital, que ressaltou “a força inabalável de Mack na luta para limpar seu nome”.
Desde 1989, a Justiça norte-americana absolveu 575 pessoas condenadas com base em novos exames de DNA, das quais 35 aguardavam condenação, de acordo com Registro Nacional de Exonerações.
Declaração de Leonard Mack depois de descobrir sua inocência
Em uma breve declaração, Mack reagiu à sua inocência demonstrando alívio pela decisão, que ocorreu quase cinco décadas depois de ele ter cumprido sete anos de prisão.
“Nunca perdi a esperança de que um dia a Justiça declararia a minha inocência”, afirmou Mack. “Agora a verdade veio à tona e posso finalmente respirar”, prosseguiu o agora inocentado. “Finalmente estou livre.”
Mack é um veterano da Guerra do Vietnã e mora com a mulher na Carolina do Sul há 21 anos, de acordo com a organização norte-americana. Ele disse que a condenação injusta impactou irrevogavelmente sua vida.
Com base no conhecimento de casos semelhantes, o Projeto Inocência disse que a sentença injusta de Mack é a mais longa que a Justiça demorou a anular com base em amostras de DNA.