As exportações da China desaceleraram em julho após novos surtos de casos de covid-19. As importações também perderam força, indicando o enfraquecimento do setor industrial do país no segundo semestre de 2021.
A nova onda de infecções, provocada pela variante Delta do novo coronavírus, atingiu dezenas de cidades chinesas, levando autoridades locais a adotar medidas de restrição em comunidades afetadas. Em decorrência disso, as operações de algumas fábricas foram suspensas.
Exportações
Em julho, as exportações avançaram 19,3%, na comparação com o mesmo período de 2020, depois de ganho de 32,2% registrado em junho. Analistas consultados pela agência Reuters esperavam alta de 20,8%.
Além dos esforços para conter a pandemia, os exportadores também enfrentaram escassez global de semicondutores, gargalos de logística e custos mais altos de frete e matérias-primas.
Importações
As importações, por sua vez, subiram 28,1% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, abaixo do crescimento de 36,7% observado em junho. A demanda por minério de ferro, importante ingrediente da siderurgia, caiu nos últimos meses.
A China registrou superávit comercial de US$ 56,6 bilhões em julho, cifras superiores às de junho, que atingiram US$ 51,5 bilhões.
Superávit x déficit
Quando as exportações superam as importações, a balança comercial registra superávit — ou seja, saldo positivo. O déficit comercial, por outro lado, ocorre quando as importações superam as exportações.
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