A inflação nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) chegou ao nível mais alto em 25 anos.
Dados divulgados pela entidade na terça-feira 11 mostram que a taxa anual em novembro chegou a 5,8%, o maior valor registrado desde maio de 1996.
“A alta foi particularmente acentuada nos Estados Unidos (EUA), onde a inflação subiu de 6,2%, em outubro, para 6,8%, em novembro, a taxa mais elevada desde junho de 1982”, destacou a OCDE, em seu relatório.
Os preços da energia acumulam um aumento de quase 28% no ano até novembro, atingindo a taxa mais alta desde junho de 1980. Já a inflação dos alimentos na área da OCDE chegou a 5,5% no mês, ante 4,6% em outubro.
A OCDE destacou que houve grande variação entre os países no período.
Enquanto a inflação registrada nos EUA chegou a 6,8% em 12 meses em novembro, no Japão a taxa é de apenas 0,6%. Na Zona do Euro, a taxa foi de 4,9%, ante 4,1% em outubro.
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Consequências da alta da inflação
O avanço continua pressionando as autoridades monetárias a elevar os juros para conter o aumento dos preços.
No entanto, alguns bancos centrais ainda afirmam que o ciclo de alta é transitório e será resolvido gradualmente com a retomada da atividade econômica depois da crise causada pela pandemia.