Depois dos ataques do Hamas a Israel, no dia 7 de outubro, cresceu o número de judeus nos Estados Unidos que estão à procura de aulas e clubes de tiro. De acordo com David Kowalsky, dono da Florida Gun Store, em Hollywood, os judeus norte-americanos estão preocupados com a nova onde de antissemitismo no mundo, e por isso têm interesse em aprender mais sobre armas.
“Definitivamente, vimos um tremendo aumento no número de judeus religiosos e ortodoxos comprando armas de fogo”.
À rede norte-americana NBC, Kowalsky disse também que é perceptível o aumento no treinamento individual e também em grupo dos cidadãos norte-americanos de ascendência judaica.
“São mães, professores, a maioria deles são pessoas que nunca interagiram com armas de fogo ou pensaram em tê-las”.
Aprendendo sobre armas na sinagoga
Dentre aqueles que procuram armas está Henya Chein, que participou de um seminário sobre segurança e manejo de armas em sua sinagoga, na Flórida. Ela disse que sempre teve medo de armas, mas se sentiu forçada a treinar “porque o povo judeu não está seguro em lugar nenhum agora”.
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Outra moradora da Florida, Endi Tennenhaus, que trabalha como diretora de uma pré-escola e é mãe de sete filhos, também ajudou a organizar um treinamento sobre segurança de armas para mulheres em sua sinagoga. Seu marido, o rabino da congregação, já havia organizado um grupo de homens para ir a um campo de tiro local.
“Se todos os nossos maridos estão comprando armas, queremos ter certeza de que também sabemos como usá-las e também seremos capazes de proteger nossos filhos e manter as armas seguras em nossas casas”.
Judeus esquerdistas mudam de opinião quanto às armas
Uma norte-americana de 41 anos que não teve a identidade revelada disse à NBC News que é a favor do controle de armas, mas decidiu se inscrever nos cursos de tiro depois que passou a ser ameaçada nas redes sociais, onde havia postado que era judia.
O aumento nas vendas de armas e nas aulas de treinamento marca uma mudança para a comunidade judaica americana, disse Hank Sheinkopf, um veterano estrategista político e rabino ortodoxo de Nova York, à NBC News.
“A maioria dos judeus no país historicamente tem sido de esquerda, pró-reforma de armas, pró-controle de armas, oposta à posse pessoal de armas”, disse ele, afirmando: “Judeus com armas sempre foram vistos como um evento estranho”.
A posição dos judeus norte-americanos quanto às armas, porém, mudou depois dos ataques do grupo terrorista Hamas.
Quando estão com medo, os judeus esquerdistas deixam de existir.
Não serão considerados mártires se morrem…