As coalizões lideradas pelo ex-presidente Mauricio Macri e pelo economista libertário Javier Milei impuseram uma derrota histórica ao kirchnerismo nas eleições legislativas deste ano. Desde 1983, quando a Argentina retomou a democracia, os peronistas eram maioria no Senado. Agora, com os resultados do pleito realizado no domingo 14, a esquerda portenha perdeu o controle da Casa. Isso deve causar problemas para o governo de Alberto Fernández.
Juntos por el Cambio, capitaneada por Macri, venceu em nove Províncias, enquanto a Frente de Todos, comandada de facto pela ex-presidente Cristina Kirchner, garantiu a vitória em apenas duas Províncias.
Relacionadas
Câmara dos Deputados
A perda de território político se estendeu à Câmara. Na Cidade Autônoma de Buenos Aires (capital do país), a Juntos por el Cambio obteve 47% dos votos, enquanto a Frente de Todos alcançou 25% dos votos. La Libertad Avanza, liderada por Milei, foi a preferida de 17% dos eleitores.
Com o resultado do pleito do último domingo, a coalizão macrista conquistou 61 assentos na Câmara, de 127 em disputa. Os kirchneristas, por sua vez, garantiram 50 assentos, dois a menos do que possuíam antes das eleições. A coalizão libertária garantiu cinco cadeiras, algo inédito na história. A Frente de Izquierda y de los Trabajadores dobrou sua bancada, de dois para quatro. Por fim, três partidos regionais também passaram de um para dois assentos.
Na prática, isso significa que o governo Fernández terá de negociar com a oposição, que conquistou a maioria das cadeiras.
Que os argentinos despertem de vez para o perigo que são esses comunistas FDP.
Te atualizei. Beleza
Negociar: verbo extremamente complicado de conjugar na política.