De acordo com a Marinha norte-americana, exercício teve o objetivo de garantir a liberdade de navegação em águas internacionais
A Marinha dos EUA realiza nesta quarta-feira uma operação para garantir a liberdade de navegação em águas internacionais próximo à Venezuela. O objetivo do exercício é deslegitimar uma contestação da Venezuela, que afirma que suas águas territoriais no Caribe são mais extensas do que as reconhecidas pela comunidade internacional.
Essa operação está sob responsabilidade do Comando Sul da Marinha dos Estados Unidos, sediada em Miami e que, por consequência, comanda a 4ª frota do país.
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De acordo com comunicado divulgado pela Marinha dos EUA, um navio militar norte-americano “navegou legalmente em uma área de que o regime ilegítimo de Nicolás Maduro afirma falsamente ter o controle, uma afirmação incompatível com o direito internacional”, completou.
A operação aconteceu a 12 milhas náuticas (22 quilômetros) da costa da Venezuela. Essas águas são, conforme o direito marítimo, consideradas internacionais, informa o jornal venezuelano El Nacional.
“Essa liberdade [de navegação] é a base dos esforços de segurança e é essencial para a paz e a estabilidade da região”, manifestou o almirante Craig Faller, que chefia o Comando Sul.
Liberdade de navegação
A Marinha norte-americana realiza operações rotineiras para garantir a liberdade de navegação em todo o mundo. Isso, informa as autoridades dos EUA, é fundamental para o direito internacional e para a mobilidade das forças dos EUA em todo o mundo.
A ação norte-americana foi realizada pelo USS Nitze, um contratorpedeiro de mísseis guiados da classe Arleigh Burke. Essa classe é uma das mais poderosas da armada dos EUA, com 67 unidades em operação.
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“Os Estados Unidos continuarão navegando e operando onde permite o direito internacional”, informou o almirante Faller.
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