O Senado do México aprovou nesta sexta-feira, 9, uma legislação que dá ao Exército o controle sobre a Guarda Nacional. A oposição criticou a decisão, argumentando que a medida é inconstitucional e vai militarizar a segurança pública. Os senadores votaram por uma margem de 71 a favor do projeto, com 51 contra.
A Guarda Nacional começou a operar no início de 2019 a mando do presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador, que fez campanha com a promessa de devolver os militares aos quartéis após os anos que passaram combatendo o narcotráfico. Ele argumentou que a Guarda Nacional acabaria com a corrupção e também estendeu o mandato do Exército para outras áreas da vida civil.
No entanto, a violência atingiu níveis recordes e, segundo os legisladores, a Guarda Nacional também cometeu abusos.
A legislação, que agora passa para López Obrador para ser sancionada, dá ao Exército o controle operacional, financeiro e administrativo da Guarda Nacional, que atualmente responde ao Ministério da Segurança, liderado por civis.
Segundo a agência de notícias Reuters, é “quase certo que as mudanças serão contestadas por violarem a Constituição”. Especialistas disseram que a medida deverá ser derrubada pela Suprema Corte do país.