O ex-procurador-geral do México Jesus Murillo foi preso, na sexta-feira 19, acusado de atrapalhar as investigações sobre o desaparecimento de 43 estudantes em 2014.
Murillo, mais alto ex-funcionário público detido no caso, era quem supervisionava o inquérito, criticado por especialistas e pelo atual governo.
O caso apura o desaparecimento de estudantes da escola Normal Rural de Ayotzinapa, a maioria dos quais adolescentes. Entre a noite de 26 de setembro e a manhã de 27 de setembro, o grupo seguia em direção à cidade de Iguala, no sudoeste do país, para embarcar em um ônibus que os levaria a manifestações na capital do país.
De acordo com a versão do governo, os alunos desapareceram em uma ação do cartel Guerreros Unidos, que teria os confundido com membros de um grupo rival. A organização criminosa, em seguida, teria incinerado os corpos em um lixão. Especialistas internacionais, porém, apontaram erros e abusos no inquérito.