As forças de segurança de Mianmar cumpriram a ameaça de alvejar manifestantes se continuassem desafiando sua autoridade nos protestos que crescem desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro. A advertência feita ontem, sexta-feira 26, concretizou-se neste sábado, 27, em um dos mais ferozes dias de repressão contra os participantes dos atos convocados em pelo menos 40 cidades do país, com saldo de mais de 90 mortos pelos ataques da polícia e dos militares, segundo a agência de notícias independente Mianmar Now. Ao mesmo tempo, a junta militar celebrava o Dia das Forças Armadas com um desfile na capital, Naypyidaw, ignorado amplamente pela comunidade internacional, exceto por países como a Rússia. Segundo ONGs, mais de 300 pessoas já morreram na repressão aos protestos. Esse número não abrange, ainda, os mortos deste sábado. O governo militar tem cortado o acesso à internet, censurado veículos de comunicação e bloqueado mídias sociais para tentar conter as manifestações.
Leia também: “Junta militar de Mianmar acusa ex-chefe de governo de aceitar subornos”
Ditaduras são catastróficas.