Militares de Mianmar, na Ásia, tomaram o poder nesta segunda-feira, 1°, depois de prenderem a conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi, e outros líderes do governo dela. Em comunicado transmitido por uma emissora local, o chefe do Exército, Min Aung Hlaing, declarou-se o novo comandante do país. O golpe ocorre em resposta à vitória da Liga Nacional pela Democracia, partido de Suu Kyi, nas eleições em novembro. Contudo, as Forças Armadas garantem que houve fraude na disputa.
Conforme a mídia estrangeira, nenhuma violência grave foi relatada contra civis ou a classe política do país. Agora, soldados estão nas ruas da capital, Nay Pyi Taw, e da principal cidade do país, Yangon. Líderes mundiais condenaram o ato. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, chamou de “ilegal” a prisão de Suu Kyi. A ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne, fez um apelo para que “os militares respeitem o Estado de Direito” em Mianmar.
China e Estados Unidos reagiram de forma diferente ao ocorrido. O Partido Comunista evitou atacar o novo governo e ressaltou a “amizade” entre os dois países, mas espera a normalização do clima. Por outro lado, o secretário de Estado dos EUA, Tony Blinken, expressou “grave preocupação e alarme” do governo norte-americano com a situação. Ele exortou os líderes militares de Mianmar a libertar todos os funcionários do governo civil, incluindo a conselheira de Estado.
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