O Museu do Tributo ao 11 de Setembro de Nova Iorque construído em 2006 para lembrar os ataques terroristas nos Estados Unidos em 2001 fechou as portas permanentemente na tarde de quarta-feira 17. O motivo é a falta de recursos, segundo o grupo fundador da instituição – a Associação das Famílias do 11 de Setembro.
“Dificuldades financeiras, incluindo a perda de receita causada pela pandemia, nos impedem de gerar financiamento suficiente para continuar a operar o museu físico”, disse a cofundadora e CEO Jennifer Adams-Webb. Ela acrescentou que a instituição tem “milhões de dólares em dívidas com nosso aluguel”. “Tentar compensar isso em cima de nosso custo operacional anual é quase impossível sem visitantes ou alguma intervenção de nosso governo.”
O fechamento do local, que está a três quadras do local onde era o World Trade Center, ocorre apenas algumas semanas antes do 21º aniversário do dia em que terroristas islâmicos radicais lançaram dois aviões sequestrados nas torres gêmeas do, matando 2.753 norte-americanos. Ao longo dos anos, o espaço também atuou como apoio aos sobreviventes e àqueles que perderam entes queridos nos ataques.
Segundo Jennifer, dois terços da receita anual do museu vinham da venda de ingressos. Com o fechamento completo por seis meses em 2020, as dívidas foram se acumulando. Até a pandemia, a média anual de visitantes era de 300 mil pessoas. Em 2021, segundo ela, foram apenas 26 mil. “Isso aniquilou completamente nossa renda”, disse.
A maioria dos artefatos preservados pela instituição seguirá para Albany, onde continuarão sendo exibidos no Museu do Estado de Nova Iorque. Com o fechamento do Museu do Tributo ao 11 de Setembro, a cidade de Nova Iorque segue com o Memorial e com Museu do 11 de Setembro no Marco Zero.