O líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta quarta-feira, 24, que não há eleições livres em seu país. “Na disputa eleitoral do último domingo, houve a ratificação do que já sabíamos: Nicolás Maduro é um ditador”, afirmou, em entrevista concedida ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan.
Conforme noticiou Oeste, o chavismo conquistou uma vitória expressiva nas eleições regionais. De acordo com as autoridades eleitorais, 20 de 23 governadores são apoiadores do ditador socialista. A oposição, que voltou a participar de eleições depois de três anos, venceu em apenas três Estados.
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O líder venezuelano disse que a oposição está unida desde 2012, buscando atuar efetivamente no processo político. “Conseguimos aumentar o número de parlamentares, fortalecendo nossa participação”, salientou. “Maduro dificulta esse processo ao reprimir manifestações democráticas.”
Para Guaidó, a ditadura chavista seguirá vigorando no país enquanto os meios de ação política violentos continuarem a ser utilizados. “Maduro mantém o poder de maneira ilegítima e brutal, assassinando e perseguindo opositores”, observou. “Estamos procurando uma solução para lidar com isso.”
As declarações do líder da oposição venezuelana foram traduzidas simultaneamente pela cientista política Maria Eugênia Assis.
Na Venezuela a disputa de facções está entre os comunistas (que dizem ser os socialistas do século 21, sei lá o que isso significa) e os socialistas democratas que esse Guaidó faz parte. Guardadas as devidas semelhanças é como se fosse uma guerra entre petistas e tucanos. Ou seja a Venezuela está entre a caldeira e o caldeirão, nada de cruz por enquanto. Mas continuam dizendo que por lá, há democracia até demais. Então eu quero entender o que seja democracia.