A Nigéria, país mais populoso do continente africano, confirmou nesta quarta-feira, 1°, ter detectado os primeiros casos de infecção pela variante Ômicron do coronavírus.
Segundo as autoridades sanitárias do país, a nova cepa foi identificada depois de testes realizados em três viajantes que chegaram na semana passada da África do Sul.
Ainda de acordo com o governo nigeriano, os três infectados estão em isolamento. Neste momento, o objetivo é rastrear pessoas que tiveram contato com esses indivíduos nos últimos dias.
Desde o início da pandemia de covid-19, em março do ano passado, a Nigéria contabiliza mais de 214 mil casos da doença, com quase 3 mil mortos. Entretanto, como o país realiza uma quantidade muito baixa de testes, a tendência é que os números estejam subestimados.
O número de vacinados na Nigéria também é pequeno: apenas 3,5 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal (a população é de cerca de 190 milhões). O governo anunciou que pretende imunizar 112 milhões de nigerianos até o fim de 2022, o que representaria 70% dos adultos.
Pelo que se sabe até agora, a variante sul-africana, apesar de aparentemente mais contagiosa, provoca sintomas leves da covid-19 na grande maioria dos casos. Na África do Sul, em geral, os infectados se queixaram de fadiga, dores musculares e de cabeça, tosse seca e irritação na garganta.
A variante foi descoberta por Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, que disse à agência de notícias France-Presse que grande parte dos pacientes atendidos está se recuperando bem e não precisou de internação.
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