A agência de notícias Yonhap, sediada em Seul, capital da Coreia do Sul, informou, nesta terça-feira, 20, que um sargento do Exército norte-coreano cruzou a fronteira e ingressou em território sul-coreano.
A travessia ganhou destaque em razão, principalmente, da forma com que a deserção ocorreu. Geralmente, as pessoas em fuga preferem usar passagens em território chinês, com menor vigilância.
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Desta vez, contudo, o soldado ingressou no país vizinho pela parte mais arriscada, na região leste da Península Coreana.
![Ilustração mostra a fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, numa faixa que se estende por mais de 200km](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2024/08/coreia-do-sul-fronteira-2.jpeg)
A imprensa local informou que o desertor foi detido por guardas sul-coreanos em Goseong, a 160 quilômetros da capital, Seul.
A região que o sargento atravessou é considerada, oficialmente, uma área desmilitarizada. No entanto, na prática, é uma das fronteiras com maior contingente de soldados.
O espaço compreende uma faixa de terra superior a 800 km², que demarca a linha fronteiriça entre os dois países. Na região estão instalados cercas elétricas, campos minados e muros antitanques.
Coreia do Sul investiga motivações de fuga
Conforme comunicado das autoridades sul-coreanas, o caso está em investigação e, por isso, não é possível confirmar mais detalhes sobre a deserção, assim como as motivações e objetivos do desertor no militar norte-coreano.
Deserções aumentam com flexibilizações no controle
Em apenas duas semanas, informa a agência Yonhap, esta é a segunda deserção na fronteira. No dia 8 de agosto, outro norte-coreano conseguiu atravessar a fronteira marítima a oeste, no mar Amarelo.
Em julho deste ano, um diplomata norte-coreano também emigrou para a Coreia do Sul.
Desde que a Coreia do Norte fechou suas fronteiras para evitar a propagação da covid-19 em 2020, o número de deserções diminuiu significativamente. Com a flexibilização dos controles de fronteira no ano passado, o número, no entanto, quase triplicou, chegando a 196, contra 67, em 2022.
![Imagem da entrada do Memorial de Guerra e Estátua dos irmãos: homenagem da Coreia do Sul a seus combatentes](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2024/08/Coreia-do-Sul-1-Memorial-Wimimedia-Commons.jpg)