Nova Iorque investiga disseminação da poliomielite

Depois de anunciar estado de emergência diante da circulação do vírus da poliomielite, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, intensificou as análises.

O Departamento de Saúde do Estado informou que as amostras coletadas no condado de Nassau são geneticamente ligadas ao caso identificado no condado de Rockland. Isso é um alerta para as autoridades que consideram que o vírus está com uma disseminação generalizada.

Nos locais onde foram localizadas amostras contaminadas, a taxa de vacinação é considerada baixa, variando de 50% a 80% do público imunizado, informou a médica Mary Bassett, comissária de saúde do Estado norte-americano.

Todas as amostras são “amostras preocupantes”, ou seja, são tipos de poliomielite que podem causar paralisia, segundo o CDC. Em 21 de julho, foi registrado o primeiro caso da doença nos Estados Unidos desde 2013.

Na sexta-feira 9, a governadora democrata Kathy Hochul disse que vai aumentar a disponibilidade de recursos e também irá ampliar a rede de administradores de vacinas contra a doença.

A ordem também exige que os profissionais de saúde forneçam dados de imunização contra a poliomielite ao departamento de saúde do Estado para ajudar a concentrar os esforços de vacinação onde são mais necessários.

A doença

A poliomielite é uma doença causada pelo poliovírus e se aloja no intestino da pessoa infectada. Apesar de também ser chamada de paralisia infantil, por ter o maior índice de ocorrência em crianças, o vírus também pode acometer adultos.

O diagnóstico da pólio se dá apenas na fase paralítica da doença, ou seja, quando o infectado manifesta paralisia de algum membro — 1% dos casos atingem essa etapa. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores e de forma assimétrica. A transmissão da doença pode ser de pessoa para pessoa ou contato com algum material contaminado com o vírus, como fezes ou água.