Faltando três semanas para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o primeiro-ministro do país, Yoshihide Suga, afirmou nesta quinta-feira, 1º de julho, que avalia reduzir ou até mesmo proibir a presença de torcedores no evento, que começa no dia 23. Suga mostra preocupação com o aumento de casos de covid-19 no país, uma tendência que pode crescer com a chegada de atletas, patrocinadores e jornalistas. Nesta quarta-feira 30, Tóquio havia contabilizado 673 novos casos, reafirmando a tendência de subida. Conforme noticiou Oeste, o estado de emergência foi suspenso no dia 20 de junho.
“Existe a possibilidade de não haver espectadores. Em qualquer caso, agiremos tendo a segurança e a proteção do povo japonês como nossa principal prioridade”, afirmou o primeiro-ministro. Segundo ele, novas decisões serão tomadas em consenso entre os governos do Japão e metropolitano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Organizador. De acordo com especialistas, a variante delta, primeiramente identificada na Índia, pode desencadear um rápido reaparecimento das infecções pelo novo coronavírus durante o evento.
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Pela decisão atualmente em vigor, cerca de 10 mil espectadores vão poder assistir às competições em cada um dos locais das disputas, conforme reportou Oeste, seguindo uma série de determinações. A liberação de público gerou críticas à organização dos Jogos Olímpicos. Grande parte da população é contrária à realização do evento.
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Imperador
Segundo informação divulgada pelo chefe da Agência da Casa Imperial, na quinta-feira 24, na semana passada, o imperador do Japão, Naruhito, se mostrou “extremamente preocupado” com a possibilidade de aumento da contaminação por covid-19 durante a disputa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O patrono honorário da Olimpíada de Tóquio não possui poder político, mas sua figura é bastante respeitada, afirma uma reportagem do Estadão Conteúdo.
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