A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vai montar um centro internacional para monitorar e proteger a infraestrutura submarina, como oleodutos e cabos de dados.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os cabos e tubulações são “críticos para nossas sociedades modernas”, mas vulneráveis, particularmente a possíveis ataques da Rússia.
Embora não culpe explicitamente a Rússia pela aparente sabotagem do Nord Stream no ano passado, a Otan alertou sobre uma forte resposta contra ataques aos ativos marítimos críticos dos aliados. “Portanto, sabemos que a Rússia tem capacidade para mapear, mas também potencialmente para conduzir ações contra infraestrutura crítica”, disse Stoltenberg.
O Centro Marítimo para a Segurança da Infraestrutura Submarina Crítica ficará sediado no escritório marítimo da entidade em Londres e vai “reunir diferentes aliados para compartilhar informações, melhores práticas e ser capaz de reagir se algo anormal acontecer”.
Sabotagem a oleodutos
Os principais oleodutos Nord Stream, que levam gás da Rússia para a Alemanha, foram danificados no ano passado.
Desde então ainda não está claro quem estava por trás do ataque. O promotor que supervisiona a investigação reconheceu que as “detonações” que atingiram os oleodutos Nord Stream, que ficam parcialmente nas zonas econômicas exclusivas da Suécia e da Dinamarca, podem ter sido orquestradas por um governo.