Pequim negou a renovação do visto de trabalho à jornalista Sue-Lin Wong para Hong Kong. Ela trabalha na revista britânica The Economist, que lamentou o caso em nota publicada na sexta-feira 12.
Relacionadas
“A decisão foi dada sem explicação”, afirmou a revista. “Sue-Lin não está atualmente em Hong Kong. Temos orgulho do seu jornalismo. Instamos o governo de Hong Kong a manter o acesso à imprensa estrangeira, que é vital para a posição do território como cidade internacional”.
Por meio do Twitter, Sue-Lin disse que está “muito triste por não poder continuar trabalhando de Hong Kong”. “Eu amei conhecer essa cidade e essas pessoas. Vou sentir falta de todos”, postou.
A repressão à imprensa em Hong Kong
A contar do 1º semestre de 2020, as autoridades chinesas recusaram a renovação do visto ou expulsaram pelo menos 20 jornalistas estrangeiros, incluindo profissionais de grandes veículos de mídia, como os norte-americanos New York Times, Wall Street Journal e Washington Post. Segundo um relatório feito pelo Clube de Correspondentes Estrangeiros da China (FCCC, na sigla em inglês), as expulsões estão no maior número desde o massacre da Praça Tiananmen, em 1989.
Um levantamento realizado pelo FCCC aponta que o declínio da liberdade de imprensa impulsionado pela Lei de Segurança Nacional, que passou a vigorar em 2020, faz com que 46% dos jornalistas queiram deixar Hong Kong. Cerca de 84% dos entrevistados pela pesquisa disseram que as condições de trabalho caíram depois da implantação da legislação, e pelo menos 56% se autocensuram.
Publicações como o New York Times já mudaram parte das operações para Seul, capital da Coreia do Sul. Em junho, o jornal honconguês Apple Daily foi forçado a fechar depois da prisão de vários executivos e editores enquadrados sob a regra.
É reconfortante ver a imprensa esquerdista provando do próprio veneno.
Talvez o “The Economist” coloque a culpa no Booolsonaaaro. Kkkkk
É assim que agem os ditadores, mas a mídia tradicional não os chamam pelo nome que tem.