O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou que caças supersônicos MiG-31K, armados com mísseis hipersônicos, patrulhem e monitorem os dois porta-aviões enviados pelo governo norte-americano para o Mar Mediterrâneo. Ele tomou a decisão na quarta-feira 18.
Ao ser interpelado sobre o objetivo da ordem de patrulhamento, Putin disse que “isso não é uma ameaça”. Ele afirmou apenas que “as Forças Aeroespaciais Russas irão começar patrulhas de forma permanente na zona de espaço aéreo neutro sobre o Mar Negro”. O míssil hipersônico Kinjal tem um alcance estimado em 1,5 mil quilômetros.
“Enfatizo que isso não é uma ameaça, mas vamos exercer controle visual, controle com armas sobre o que está acontecendo no Mar Mediterrâneo”, salientou Putin.
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Os mísseis têm esse nome porque conseguem atingir velocidades cinco vezes superiores à velocidade do som. Quando atingem 1.200 km/h, produzem uma onda denominada estrondo sônico.
A mesma arma foi usada para destruir um depósito subterrâneo na Ucrânia
O míssil Kinjal foi o responsável pela destruição de um depósito subterrâneo de armas no Oeste da Ucrânia. Durante os testes, eles atingiram todos os seus alvos a uma distância de até 1.000 e 2.000 km/h.
Embora não tenha sido desenhado como uma arma antinavios, os mísseis são capazes de atingirem a superfície do mar. Eles foram apresentadas por Putin em 2018 e são considerados como armas invencíveis.
Especialistas mostram que os modelos criados pelos russos atingem altas altitudes. Por serem mais manobráveis que os mísseis comuns, sua interceptação é mais difícil.
Em entrevistas, Putin comparou o avanço científico e tecnológico desses armamentos com a criação do Sputnik — primeiro satélite a orbitar a Terra, criado pelos soviéticos em 1957. Ele descreve os novos armamentos como de alcance “ilimitado”.