A Rússia derrubou 144 drones que sobrevoaram seu espaço aéreo na noite desta segunda-feira, 9, em várias regiões do país. De acordo com autoridades russas, 20 desses drones chegaram aos arredores da capital, Moscou.
O ataque resultou na morte de uma mulher e deixou outras três pessoas feridas. A incursão marca uma das maiores feitas por drones ucranianos em território russo desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.
“Uma mulher de 46 anos morreu (anteriormente havia sido relatada a morte de uma criança de 9 anos, mas esta não foi confirmada)”, declarou o governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, em seu canal no Telegram.
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De acordo com o Ministério da Defesa, as forças russas acionaram os sistemas antiaéreos para interceptar e destruir os drones. Os 20 veículos abatidos na região de Moscou resultaram na suspensão temporária das operações de três dos principais aeroportos da capital: Sheremetyevo, Domodedovo e Vnukovo.
Guerra de drones na Rússia
A interrupção das atividades começou pouco depois a meia-noite, quando a Rosaviatsia, a agência federal de aviação civil do país, determinou o fechamento do espaço aéreo nas proximidades. Com isso, as autoridades redirecionaram 48 voos para aeroportos alternativos, causando atrasos e transtornos para centenas de passageiros.
Além de Moscou, as defesas antiaéreas russas abateram 72 drones na região de Briansk, localizada na fronteira com a Ucrânia. O Ministério da Defesa relatou a maior concentração de drones detectada nessa área em uma publicação no Telegram.
Briansk tem sido um ponto crítico de confrontos devido à sua proximidade com a linha de frente do conflito e à sua importância estratégica para as operações militares russas.
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Em outras sete regiões do país, as defesas antiaéreas também tiveram de agir. Nas áreas atingidas, as forças russas destruíram 52 drones ucranianos, ampliando o alcance dos ataques e demonstrando a crescente capacidade da Ucrânia em lançar ofensivas profundas no território russo.
Os ataques com drones têm se tornado uma tática comum para minar a infraestrutura e desafiar a superioridade aérea do regime de Vladimir Putin.
Se você só leu esta reportagem, pode pensar que a Ucrânia é o estado agressor. milhares de vídeos nas redes sociais mostram os ataques russos às estruturas civis ucranianas.