Rússia promete abrir novos corredores humanitários

Enquanto anuncia planos para a retirada de civis em Kiev, Moscou se prepara para atacar a capital ucraniana

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Refugiados ucranianos caminham pelo centro de Lviv em direção à estação de trens
Refugiados ucranianos caminham pelo centro de Lviv em direção à estação de trens | Foto/Reprodução: Luis Kawaguti

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta segunda-feira, 7, que os militares russos cessaram fogo. Além disso, abriram seis corredores humanitários nas cidades ucranianas de Kiev, Kharkiv e Sumy. “Informações foram dadas antecipadamente para a Ucrânia”, disse o porta-voz russo, Igor Konashenkov.

No fim de semana, dois acordos para cessar-fogo em Mariupol e em Volnovakha, no sudeste da Ucrânia, falharam. Em Mariupol, cerca de 200 mil pessoas ficaram presas no porto da cidade durante seis dias. Todas deveriam ser evacuadas no domingo 6, mas o plano de cessar-fogo foi abortado.

A agência da Organização das Nações Unidas para refugiados divulgou que o número de pessoas fugindo do conflito na Ucrânia ultrapassou a marca de 1,5 milhão.

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Ucrânia criticou a medida

A Ucrânia criticou a tentativa russa de abrir nesta segunda-feira corredores humanitários a partir de várias cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev, que levem a áreas dominadas por Moscou.

Das seis rotas abertas para os ucranianos, apenas duas não terminam em cidades de Belarus ou da Rússia. Autoridades ucranianas dizem que cidadãos devem ter o direito de sair para todo o território do país.

“Esta é uma história completamente imoral”, disse um porta-voz do presidente Volodymyr Zelensky à Reuters. “O sofrimento das pessoas é usado para criar a imagem desejada para a televisão. Estes são cidadãos da Ucrânia, eles devem ter o direito de se locomover para o território da Ucrânia.”

Ataque a Kiev

Enquanto anuncia planos para a retirada de civis em Kiev, a Rússia acumula recursos para atacar a capital ucraniana, comunicaram hoje as Forças Armadas da Ucrânia. “O inimigo continua a operação ofensiva contra o país, focalizada nos arredores de Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumy e Mikolaiv.”

No sul, autoridades militares ucranianas comunicaram que a Rússia bombardeou a região de Tuzli, próximo de Odessa, danificando “equipamentos de infraestrutura cruciais”, mas sem deixar feridos.

Em Kharkov, no leste do país, bombas russas atingiram uma universidade e um prédio residencial. Outras áreas atingidas foram a cidade de Chernihiv, ao norte, Mikolaiv, ao sul, e Kharkiv, o segundo maior centro urbano do país, de acordo com o conselheiro da Presidência ucraniana, Oleksi Arestovich.

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