As equipes do Kansas City Chiefs e do San Francisco 49ers disputarão o Super Bowl 58, no domingo 11, no Allegiant Stadium, em Las Vegas, Estados Unidos. O evento da National Football League (NFL), de futebol americano, é o principal acontecimento esportivo do ano no país e o de maior impacto econômico global, com os 30 segundos mais caros do mercado mundial.
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“O evento é considerado o maior Day Event do planeta, mesmo atingindo menos pessoas que uma final de Copa do Mundo, Champions League ou Jogos Olímpicos”, afirma Amir Somoggi, CEO da consultoria brasileira Sportsvalue.
A audiência de uma final de Copa do Mundo, por exemplo, ainda é insuperável, com seus mais de um bilhão de telespectadores. A final do Super Bowl reúne os vencedores da American Football Conference (AFC, o Kansas City Chiefs) e da National Football Conference (NFC, San Francisco 49ers).
O jogo tem cerca de 210 milhões de telespectadores, mas, no rastro do potencial financeiro da NFL, gira cifras até agora inigualáveis.
“Não há comparação, toda a Copa do Mundo gera US$ 6 bilhões de dólares, a NFL gera US$ 16 bilhões”, afirma Somoggi a Oeste. “O Super Bowl tem menos audiência, mas gera mais dinheiro. Pelo menos US$ 3 bilhões, fora o impacto local.”
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O Super Bowl tem forte influência em vários setores da economia norte-americana e até mundial. Além disso, é o segundo que mais mobiliza voos no país, nos arredores do local de disputa.
Neste ano, em Las Vegas, mil jatos pousarão nos aeroportos da região, o que também é uma preocupação. É esperada a chegada de mais de 100 mil de turistas à cidade.
Nestas ocasiões, como ocorrerá no domingo, há restrições a vários tipos de voos, feitas pelas autoridades, em dias que antecedem à partida. São proibidas, por exemplo, a operação de drones.
Em 2023, mais de 113 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos assistiram à decisão. Em 2023, o impacto econômico total foi de US$ 1,3 bilhão, segundo a Sportsvalue, com base no Research Institute at Arizona State University.
Contribuíram para isso as atividades de fan experiencie (que reúne torcedores e fãs do esporte) que, além do jogo, receberam 300 mil pessoas em 2023 e que devem representar um número ainda maior neste ano. Do valor arrecadado no Super Bowl do ano passado, US$ 91 milhões foram para o segmento hoteleiro (crescimento de 184% em relação ao ano anterior sem o evento).
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Destes, US$ 720 milhões foram diretamente para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Arizona, onde, em 2023, o Kansas City Chiefs venceu o Philadelphia Eagles, no State Farm Stadium, em Glendale.
O impacto econômico em 2024 deverá ser o maior da história, chegando a US$ 1 bilhão somente para o Estado de Nevada, onde fica Las Vegas, segundo a consultoria Axis.
As transmissões de TV também geram muita rentabilidade, diz a Sportsvalue. São US$ 7 milhões para cada inserção de 30 segundos, os mais caros do mercado, e impulsionam também os valores de comerciais nas mídias digitais. Baseada em dados da Kantar, a consultoria afirma que o volume todo de publicidade chega a US$ 578 milhões.
De acordo com a consultoria brasileira, os ingressos do Super Bowl são superiores aos das ligas mais caras do planeta. O valor médio é de quase 10 mil dólares por ingresso para esta partida.
Além disso, o show de algum grande artista no intervalo é uma das maiores fontes de renda. Só este momento vale uma alta cota de patrocínio, agora paga pela Apple Music, no valor de US$ 13 milhões por ano.
Em 2024, o intervalo terá uma apresentação do cantor Usher, e deverá ser o ponto alto da transmissão, já que o espetáculo atrai ainda mais audiência do que o próprio jogo.
Equipes tradicionais
Cada atleta campeão vai receber US$ 164 mil (cerca de R$ 813 mil), enquanto os jogadores derrotados ficarão com US$ 89 mil (cerca de R$ 441 mil).
Neste ano, os números tendem a aumentar ainda mais, em função de o Kansas City Chiefs, vencedor em três ocasiões (1969, 2019 e 2022) contar com uma das estrelas da NFL, o quarterback Patrick Mahomes, de 28 anos.
Do outro lado, estará o tradicional San Francisco 49ers, vencedor em cinco ocasiões (1981, 1984, 1988, 1989 e 1994), cujo nome remete aos garimpeiros que chegaram ao norte da Califórnia na Corrida do Ouro de 1849. A equipe busca sair de uma longa fila.
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Em seus quadros, já atuou uma das maiores lendas da NFL, o quarterback Joe Montana, campeão desta disputa em quatro ocasiões (1981, 1984, 1988 e 1989). O atual destaque do time é o quarterback Brock Purdy, mesmo com alguns momentos de instabilidade.
A própria NFL, apesar dos jogadores continuarem a ser predominantemente norte-americanos, está se inserindo no mercado globalizado, conta Somoggi.
“Eles estão expandido muito, o Brasil só perde para o México em número de fãs”, afirma o consultor. “Há jogos realizados na Alemanha e no Reino Unido.”
O Brasil entrou definitivamente neste mercado. O país abrigará pela primeira vez uma partida da próxima temporada da NFL. O jogo ocorrerá no próximo dia 6 de setembro, na Neo Química Arena, do Corinthians, e uma das equipes confirmadas é o Philadelphia Eagles.
Igualzinho ao nosso futebol de várzea…